[Casa Marx Entrevista] A fratura metabólica e a dimensão ecológica na obra de Marx, com Murillo Van der Laan

Nesta entrevista exclusiva ao Instituto Casa Marx, o pesquisador Murillo Van der Laan (Unicamp) desvenda a dimensão ecológica na obra de Karl Marx – um debate urgente diante da crise climática.

Murillo Augusto de Souza van der Laan é graduado em Ciências Sociais pela Universidade Estadual de Londrina (2010); com mestrado e doutorado em Sociologia pela Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é pós-doutorando pelo programa de sociologia da Unicamp. É também integrante do grupo de pesquisa Mundo do Trabalho e suas Metamorfoses e do conselho editorial do selo Mundo do Trabalho, da editora Boitempo, ambos sob a coordenação do prof. Ricardo Antunes.

A entrevista foi realizada pelo sociólogo, pesquisador de pós-doutorado e coordenador do Instituto Casa Marx, Iuri Tonelo, em uma discussão que abordou como Marx previu a destruição ambiental do capitalismo já no século XIX. Com referência nas obras Para além do capital (István Mészáros), A ecologia de Marx (John Bellamy Foster) e O Ecossocialismo de Karl Marx (Kohei Saito), refletiram a atualidade a partir de conceitos como “fratura metabólica”, as fases do chamado “ecossocialismo” de Mészáros a Kohei Saito e a contraposição ao “Marx produtivista”, com os manuscritos inéditos onde Marx estuda esgotamento do solo, desmatamento e mudanças climáticas.

Na entrevista, os professores discutiram a crise climática pelos olhos da classe trabalhadora, debatendo o papel de petroleiros, entregadores e operários como protagonistas da luta ecológica e a força que representam para frear a barbárie ambiental e colocar em voga a “abundância comunista”: tempo livre, tecnologia a serviço da vida e um novo metabolismo com a natureza.

Assista a entrevista na íntegra: